Desde meus 13, 14 anos que eu via
significados nas cartas. Nem necessitavam ser cartas de Tarot.
Bastava algum ser humano mais
incauto jogar buraco ou truco próximo a mim, que as cartas da sua mão já
tomavam algum significado.
Era um infortúnio. Sentia-me uma
perfeita invasora de privacidade.
Com o tempo, fui aprendendo os
mecanismos de tiragem das cartas, alguns jogos ou disposições das cartas,
sempre com outros cartomantes mais experientes, que nem precisavam ensinar muito. Bastava um jogo,
e eu já estava lá, reproduzindo fielmente.
Passado um bom tempo, depois de me
aprofundar no Tarot, sobretudo em seu uso terapêutico, justamente quando eu
conheci de perto as práticas xamânicas, também fui apresentada às Cartas do
Caminho Sagrado.
Esta é a descrição que podemos
encontrar no site da Editora Rocco, que o publicou aqui no Brasil:
“Na tradição dos povos indígenas da América do Norte, a atenta observação da Natureza é uma regra de vida que se cumpre com amor e alegria. Todo o conhecimento acumulado é um repositório de noções precisas sobre os modos de ser revelados pela Mãe Terra em suas interações com os fenômenos cósmicos. A adequação de todas as formas de vida aos ciclos e ritmos telúricos é considerada fundamental para a saúde não só de seres humanos e animais como também do próprio planeta. Esse respeito amoroso por tudo aquilo que acontece e condiciona a presença de homens e mulheres no mundo é um traço de união entre as inúmeras tribos do hemisfério norte e é também uma característica que se sobrepõe a todas as peculiaridades que as distinguem.
Para a autora, que é membro dessa comunidade, não foi difícil harmonizar os ensinamentos escolhidos no seio das nações Seneca, Asteca, Choctaw, Lakota, Maia, Yaqui, Paiute, Cheyenne, Kiowa, Iroquesa e Apache, e, obtida a aprovação de seus maiores, difundir, para além das fronteiras tribais, essas preciosas lições de vida.
O livro acompanha 44 cartas primorosamente ilustradas, contendo cada uma delas um sentido e uma mensagem particulares, que podem ser usadas uma a uma em consulta diária ou organizadas em seqüências que apontam diversos caminhos para o conhecimento interior. Utilizadas com o texto correspondente, que explica as várias formas e métodos de interpretação e adivinhação, as cartas revelam-se a serviço da intensificação da autoconsciência e da mudança positiva. As cartas do caminho sagrado visam, portanto, auxiliar o inquieto peregrino espiritual em sua viagem de autodescoberta, abrindo-lhe as portas para novos modos de pensar, de viver, de ser.”
Confesso que no nosso
primeiro contato, eu e as Cartas não tivemos uma afinidade muito grande. Hoje
eu percebo que isso aconteceu exatamente por que aquilo que as cartas diziam
naquele momento eram tudo que eu não suportava ouvir, e por isso fiz “ouvidos
moucos”, fechei os olhos da intuição.
Entretanto, com
o passar do tempo, elas foram me atraindo muito, num crescente tão forte, que
mesmo com edições esgotadas, eu comprei o livro usado, e imprimi as cartas,
apenas para ter o prazer de usá-las. Era tal qual um chamado.
Pois bem.
Obedecendo ao
Instinto, imprimi as cartas, e fiz meu primeiro jogo, que se chama A Kiva. O
livro tem vários outros tipos de jogos e arrumações das cartas, entretanto, o
jogo da Kiva é o único que só pode ser feito APENAS UMA VEZ. Obviamente, pelo
seu caráter perene, este foi o primeiro jogo que eu fiz para mim mesma. Vejam as fotos:
Foi um ritual lindíssimo, no dia
05/07/2017.
Na próxima postagem
darei detalhes sobre como é o Jogo da Kiva, e a interpretação da primeira carta
que tirei.
Saudações!
Ahow!
De Nuvem Branca.
Ahow!
De Nuvem Branca.
Gostei muito de ler esta experiência! Quando eu era pequena comprava aquelas revistas de bancas de jornal que vinham tarot, gostava muito de jogar para mim e para as pessoas, aquilo me fascinava. Quando me tornei adulta acabei me afastando, e nunca busquei sobre o assunto de maneira séria, apesar de apreciar bastante. Te desejo boa sorte nessa jornada, acredito que além da afinidade, você tem o seu dom! Abraços e obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirNamastê